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Dia de gato num apartamento

Imagine um gato com pouco mais que um ano de idade. Ele tem 75 cm de comprimento do focinho à ponta da cauda, a qual tem 28 cm de comprimento. Sua altura é de 27 cm nos ombros e pesa quatro quilos e meio. Tem pelos curtos, de cor laranja, entremeado de listas amarronzadas.

Ele é a criatura mais limpa da casa e o único que não come mais do que o necessário.

A partir de uma posição sentado, sem tomar impulso algum, o gato consegue dar um pulo de 1 metro e meio de altura, ou seja, mais de 5 vezes a sua própria altura.

Esta capacidade é particularmente importante para sua sobrevivência sob ataque de um predador.

Comendo

Observe um gato quando se alimenta. Ele se coloca numa posição encolhido, concentrado na comida e com as orelhas abaixadas e voltadas para trás.

É um momento em que o animal está vulnerável e essa é a melhor posição defensiva. O corpo encolhido é o posicionamento das patas traseiras, prontas para impulsionar o pulo. As orelhas abaixadas, são os sensores para identificar um ataque por detrás. É um comportamento instintivo do animalzinho.

Ele suporta bem as noites geladas e os dias de calor abrasador, com aparente pequeno sofrimento.

Sua espécie animal é Felis catus, o gato doméstico, descendente do Felis libyca, o pequeno gato selvagem africano e o Felis silvestris, o gato selvagem da Europa.

Seu Dia

Nas últimas 24 horas ele passou 7 delas dormindo na cama de um dos moradores da casa e outras 5 horas dormindo num sofá.

Durante 25 minutos apreciou a vista do mundo através da janela da sala e tomou banho de sol por uma hora e meia na janela da cozinha.

Gastou 10 minutos tentando caçar uma mosca (no que ele falhou) e algum tempo correndo atrás de uma bolinha ou um pedaço de papel.

O resto do dia ele passou inspecionando o apartamento, entrando e saindo dos diferentes ambientes e subindo em cadeiras, armários e geladeira, sem nunca derrubar ou tirar nada do lugar.

O gato come uma vez às 9h15, durante 6 minutos. Inicia, após, o ritual de se lamber completamente, atividade à qual dedica uns 15/16 minutos. Inicia pelas patas, depois o peito e os ombros, em seguida o rabo e, finalmente, sua face, o que ele faz umedecendo sua pata e esfregando da orelha á bochecha.

A higiene pessoal e o hábito de enterrar sua urina e fezes não reflete hábitos higiênicos. Simplesmente impede que seus predadores o localizem pelo odor.

Ajustado

Este é tipicamente o gato de apartamento, resultado de centenas de anos de evolução na companhia do homem.

De certa forma, ele se ajustou melhor do que o homem à vida na cidade, permanecendo satisfeito em viver num espaço restrito e aceitando com tranquilidade a perspectiva de viver junto com um humano.

Não sente nenhuma necessidade de passear lá fora.

É uma relação fascinante, pois ambos não têm uma linguagem em comum e, mais importante ainda, não compartilham nenhuma técnica mútua de sobrevivência.

O gato não rastreia uma presa para o homem caçar, recebendo em troca a carcaça do animal para seu alimento, e não protege a propriedade dos humanos ou seus rebanhos,

A convivência dos dois tão somente satisfaz alguma necessidade psicológica do ser humano.

A comunicação com o gato, quando realizada, depende de tempo de convivência, do interesse e da observação do humano.

Eu pessoalmente convivo com gatos há muitos anos e desenvolvi meios de me comunicar, não com todos, mas com alguns deles.

Diferentemente do cão, o gato não manifesta alegria em me ver após um dia fora de casa.

Entretanto, em pouco tempo todos os gatos se colocam no mesmo ambiente em que eu estiver, numa posição que me possam enxergar.

Isso porque eles me consideram um par, não um senhor. Eu tenho a impressão de que, para o gato, eu também sou um gato, meio esquisito.

Para quem mora em apartamento o gato é, de longe, o mais adequado animal de estimação. É importante que seja castrado.

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